segunda-feira, 23 de abril de 2012

Década de 50 - "Pós-Guerra"



O pós-guerra trouxe para a vida das pessoas uma atmosfera de festa, comemoração e consumismo. As privações de guerra tinham ficado para trás e era tempo de fartura. A televisão fez surgir estrelas em seriados como I Love Lucy. Os valores do sitcom influenciaram as mulheres, que se esforçavam em ser boas donas-de-casa e mães. Com mais tempo livre em função das novidades teconógicas domésticas, elas podiam se dedicar mais à família e à beleza. Os ícones do cinema, música e sociedade se empenhavam em mostrar sensualidade ou elegância, vestidos em roupas de estilistas como Chanel e Christian Dior. Casaquinhos ajustados combinados com as saias amplas eram exemplos de feminilidade absoluta.

O estilo sensual e fatal, como o das atrizes Rita Hayworth e Ava Gardner, como também o das pin-ups americanas, loiras e com seios fartos.Entretanto, os dois grandes símbolos de beleza da década de 50 foram Marilyn Monroe e Brigitte Bardot, que eram uma mistura dos dois estilos, a devastadora combinação de ingenuidade e sensualidade.As pioneiras das atuais top models surgiram através das lentes dos fotógrafos de moda, entre eles, Richard Avedon, Irving Penn e Willian Klein, que fotografavam para as maisons e para as revistas de moda, como a Elle e a Vogue


No começo dessa década a música apoiava-se na música negra rythm and blues, e também começavam o Rock’n’Roll nos Estados Unidos, A principal gravadora havia anos que produzia gravações apenas para o público black, por isso era chamada de "race records". Músicos brancos também apareceram como Jerry Lee Lewis e Elvis Presley (o mais famoso de todos) e etc. Mulheres? Sim! Wanda Jackson é o maior exemplo, conhecida como a rainha do Rockabilly.



A loja de departamento americana agora está com uma coleção limitada inspirada nos anos 50, bem pin up, e nós adoramos!Olha só:

A coleção Lucky Star da Riachuelo foi inspirada nos anos 50, trazendo o estilo rockabilly e pin ups, que retrata o estilo despojado e jovial. As jaquetas perfecto e as saias rodadas se destacam. Essa linha apresenta as cores azul, branco, preto e vermelho, caracterizando muito bem essa tendência.
Confiram o vídeo da coleção Lucky Star:












Década de 40 - "Entre guerra"

 Pessoal a moda não teve um bom momento durante os cinco primeiros anos da década. Vejam bem:
 
Histórico: mesmo com a guerra acontecendo, as atividades da alta-costura continuam em movimento. Algumas maisons trancam suas portas enquanto outras conseguem manter um ritmo de vendas.




A sociedade precisa se adaptar ás novas mudanças de vida e novos comportamentos.
A Alemanha chega com tudo e entre suas conquistas não deseja deixar de fora o mundo da alta-costura, logo cria um órgão para integrar a moda francesa, cuja sede seria em Berlim e Viena e seu objetivo era deportar os ateliês dos costureiros da época para essas duas capitais. O presidente da Câmara Sindical, Lucien Lelong compra essa briga e mostra para os alemães o direito de cada país conceber sua própria moda, os invasores resolvem então respeitar a autonomia da tradicional costura parisiense.
Com o início da Segunda Guerra Mundial e a ocupação nazista, muitos estilistas, donos de grandes masons, nomes da alta-costura, fugiram para cidades como Nova York; embora 92 ateliês ainda continuassem abertos em Paris resistindo inclusive ao racionamento imposto pelo governo ( com a seda o náilon em falta as meias finas sumiram do mercado).





O período é de total adaptação, com isso faz-se uso de novos materiais: viscose extraída da celulose, o raiom, a fibra artificial, sem contar com a reciclagem de roupas antigas que veio a calhar. Normas imperativas agora irão regular o vestuário, a matéria-prima é extremamente racionada, mas os profissionais da alta-costura colocam em prova sua criatividade e imaginação, conseguindo atravessar com fervor essa dura fase.

Surge novas maisons, Jacques Fath, Nina Ricci, Marcel Rochas, entre outros chegam para fortalecer esse período cinzento.


Década de 30 - " Fim dos Anos Loucos"

Olá gente!!! Estamos agora nos anos 30. Esta década é marcada por inúmeros acontecimentos. Transformações sociais, econômicas e políticas contribuíram para a evolução da moda na Europa (França e Itália) e nos Estados Unidos.

Após uma década de euforia, a alegria dos “anos loucos” chegou ao fim com a crise de 1929.



A queda da Bolsa de Valores de Nova York provocou uma crise econômica mundial sem precedentes. Milionários ficaram pobres de um dia para o outro, bancos e empresas faliram e milhões de pessoas perderam seus empregos.
A moda entra cheia de mudanças, começando pelas formas do corpo da mulher, sendo mais elegante e ousada, usando vestidos longos de festa, com decotes profundos, é perceptivel que os cabelos começam a crescer.
Os vestidos eram justos e retos, além de possuírem uma pequena capa ou um bolero, também bastante usado na época. Em tempos de crise, materiais mais baratos passaram a ser usados em vestidos de noite, como o algodão e a casimira.




Gabrielle Chanel continuava sendo sucesso, assim como Madeleine Vionnet e Jeanne Lanvin. A surpreendente italiana Elsa Schiaparelli iniciou uma série de ousadias em suas criações, inspiradas no surrealismo. Outro destaque é Mainbocher, o primeiro estilista americano a fazer sucesso em Paris. Seus modelos, em geral, eram sérios e elegantes, inspirados no corte enviesado de Vionnet. Assim como o corpo feminino voltou a ser valorizado, os seios também voltaram a ter forma.
 


A moda dos anos 30 descobriu o esporte, a vida ao ar livre e os banhos de sol. Os mais abastados procuravam lugares à beira-mar para passar períodos de férias. Seguindo as exigências das atividades esportivas, os saiotes de praia diminuíram, as cavas aumentaram e os decotes chegaram até a cintura, assim como alguns modelos de vestidos de noite.



O cinema teve uma grande influencia para o surgimento de novos costumes, como por exemplo: o esteriótipo da mulher, pois nessa época a mulher devia ser magra, bronzeada e esportiva, o modelo de beleza da atriz Greta Garbo. Seu visual sofisticado, com sobrancelhas e pálpebras marcadas com lápis e pó de arroz bem claro, foi também muito imitado pelas mulheres.




No final dos anos 30, com a aproximação da Segunda Guerra Mundial, que estourou na Europa em 1939, as roupas já apresentavam uma linha militar, assim como algumas peças já se preparavam para dias difíceis, como as saias, que já vinham com uma abertura lateral, para facilitar o uso de bicicletas.

Década de 20 - "Anos Loucos"


Iremos entrar na moda dos anos 20, conhecido como os “anos loucos”.          

A década de 20 foi da estilista Coco Chanel, com seus cortes retos, capas, blazers, cardigãs, colares compridos, boinas e cabelos curtos. Durante toda a década Chanel lançou uma nova moda após a outra, sempre com muito sucesso. – Almanaque Folha



Histórico: O que faz de Paris ser considerada a capital da moda é o grupo das grandes maisons que abrilhantaram os anos 20 e 30.
  Então, as grandes revoluções tanto no mundo da moda como em outras áreas aconteceram antes do início da guerra de 1914, a sociedade do século XX sente os efeitos dessa mudança, as grandes famílias tradicionais européias  se deparam com um novo mundo e suas novas classes sociais. Agora os automóveis substituem as antigas carruagens, os cabelos são curtos e práticos, vestidos de cauda saem de cena, dando lugar a aventais, os espartilhos são deixados pra lá, os corpos acompanham tais mudanças. (Olha a modernidade aparecendo aii!) 



 As mulheres passaram a copiar o vestuário masculino, a alta-costura conquista uma clientela composta por atrizes de cinema e mulheres ricas e intelectuais.
Surge o jazz envolvendo todos que freqüentavam o Le Boeuf du Toit (ponto de encontro de intelectuais franceses), a sociedade se abre para esse “novo mundo”.

Total luxo eram os sapatos femininos da década, em que predominavam os modelos com tira em "T" no peito do pé, recortes inventivos, salto médio e bico fino levemente arredondado.



 Em Paris acontecia a grande exposição de Artes Decorativas, dando destaque ao estilo art décor, influenciando o estilo e comportamento daquela sociedade.


 A sociedade vive literalmente os anos loucos (Années Folles), mudanças não param de acontecer, os mares são invadidos pelos transatlânticos, a comunicação ganha velocidade e o cinema cresce cada vez mais. Todo esse progresso é barrado pela crise de 1929 abatendo inicialmente a Bolsa de Nova Iorque causando inflação e o desemprego toma conta de toda a Europa.
Chega a hora da mulher "por a mão na massa": as mulheres colocaram suas habilidades em prática e esbanja seu talento na costura, a moda conserva o feminismo valorizando a silhueta, os cabelos ganham ondas e têm comprimento médio, o natural e a simplicidade estão em alta.
 A vida ao ar livre inspira costureiros a desenvolver o estilo que hoje chamamos esportivo, as mulheres aderem o maiô para curtir as férias à beira mar.


 O entre-guerras foi o período dominado em sua maior parte pelas mulheres, Madeleine Vionnet e Gabrielle Chanel ganham merecido destaque. Personalidades opostas em tudo  definem os dois eixos da moda, que anos mais tarde seria completado com o humor e o talento de Elsa Schiaparelli.
O traje esportivo:  ligado mais ao ócio, a liberdade que ao esporte propriamente dito, o traje esportivo tem como principal criador o estilista francês Jean Patou. O estilista se destacou na linha sportswear , criando coleções inteiras para esse seguimento e as roupas ganham não só as ruas mas também invadem as quadras de tênis tendo a tenista Suzanne Lenglen sua mais fiel cliente no mundo do esporte. Jérsei, malhas flexíveis, flanelas, camisas pólos, bonés, japonas, marinheiras, agora fazem parte do traje dos anos 20. As roupas de banho revolucionaram a moda praia daquela época.



Hoje, podemos observar que os anos 20 ainda reflete na moda, um bom exemplo foi a Coleção de Inverno 2012 - SPFW, teve como destaque a estilista Priscilla Darolt, mostrou peças riquíssimas com muitos vestidos de festa (especialmente de veludo devorê feito à mão), bordados que reproduziam lustres, pijamas de veludo e seda e transparências nos lugares certos.


sábado, 21 de abril de 2012

A moda vista no ínicio do século XX - anos 10

Olá pessoal, estarei postando sobre a história e evolução da moda. Espero que gostem!
Nesse post estou falando sobre a moda no início do século XX, onde a Europa já era considerada o centro universal da moda, o que caracterizou desde o final do século XIX.

Logo no início do século XX, aconteceu em Paris a Exposition Universelle de 1900, evidenciando o entusiasmo pelo progresso e a euforia das classes dominantes que se sucediam em exposições internacionais. As novas técnicas e os recursos da indústria possibilitavam novas exibições de elegância e luxo.
  




A França tem o domínio absoluto das artes, da moda - tecidos, adereçopas, todos os tipos de acessórios feminino. Grandes nomes da época como Paul Poiret, Mariano Fortuny, Jeann LanvinJeanne Paquin, Jean Patou, Jacques Doucet e Edward Molyneux, contribuiram para o surgimento da alta-costura e do modern style.





Com sua visão, Poiret foi o primeiro fashion designer moderno, ao abolir o uso dos espartilhos que até o final do século IX, conhecido como moda vitoriana.
Poiret começou a desenhar vestidos enquanto trabalhava numa fábrica de guarda-chuvas, em meados da década de 1890. Em 1898, foi contratado como aprendiz do costureiro Jacques Doucet, de quem absorveu muitas estratégias das quais usou mais tarde, como ter suas criações usadas por atrizes famosas. Sarah Bernhardt foi uma delas. Em 1901, ele deixou o ateliê de Doucet e foi trabalhar com Charles Frederick Worth, o estilista que dominou a moda francesa no fim do século 19. Poiret abriu o próprio ateliê em 1903.
O fim da sua carreira se deu após o acontecimento da 1ª Guerra Mundial, pois as mulheres consideravam alfaiataria perfeita e as cores sóbrias de Coco Chanel entraram em cena nos anos 1920. É um dos famosos vestidos pretos criados por ela que fecha a exposição. Conta-se que, ao encontrar a estilista na rua toda vestida de preto, Poiret quis fazer piada e lhe perguntou: ´Por quem a senhora está de luto, madame?´ Ao que a ferina Chanel teria respondido: ´Pelo senhor, monsieur.´